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Dirigente de Ensino, Maria Merces, garante a vereadores que nenhuma escola de Embu ser? fechada

Dirigente de Ensino, Maria das Merces, explicou como ser? a organiza??o escolar proposta pelo Governo do Estado, garantindo que nenhuma unidade deixar? de funcionar no munic?pio Dirigente de Ensino, Maria das Merces, explicou como ser? a organiza??o escolar proposta pelo Governo do Estado, garantindo que nenhuma unidade deixar? de funcionar no munic?pio Por: Alexandre Oliveira

A notícia sobre o fechamento de uma escola em Taboão da Serra ascendeu o alarme na região para o Plano de Reformulação das escolas estaduais do Estado de São Paulo. Buscando compreender como será construído esse plano de reorganização do corpo educacional no município de Embu, já que as escolas estaduais na cidade respondem a Diretoria Regional de Taboão, a Dirigente de Ensino, Maria das Merces Martins Bighetti, se reuniu na última quinta-feira, dia 9, com os vereadores de Embu das Artes no intuito de esclarecer como será feito a reorganização das escolas e quais consequências aos alunos do município.


A Dirigente de Ensino, Maria das Merces, afirmou que apesar do Plano de Reorganização escolar ainda está em fase de ajustes, nenhuma escola será fechada em Embu das Artes. O projeto de reorganização escolar que será implantado em todo o estado paulista prevê que as unidades atendam apenas um ciclo estudantil, separando, em tese, crianças de jovens na formação escolar.


Apesar da boa notícia para Embu em não contemplar o fechamento de unidades escolares, os alunos deverão se adaptar a nova realidade. De acordo com Merces, muitos estudantes do chamado Ensino Médio, serão realocados em escolas próximas, não distantes a 2km de sua unidade de origem. “Quando a gente tem o olhar para apenas um segmento, esse olhar é outro. Nós vamos fazer toda a organização do material, da sala, do professor, da formação desse professor, aulas atribuídas voltadas para aquele determinado segmento. O que a gente percebe são vantagens que a gente pode acrescentar com relação a essa reorganização”, disse aos vereadores.

 


Merces comparou o Plano de Reorganização definida pelo Estado como similar ao que já é atribuído à rede municipal de ensino. “A rede municipal é praticamente reorganizada. O que o Governo do Estado está fazendo agora é correr atrás de um tratamento que as prefeituras já dão e que o município de São Paulo também já dispõe. Nós é que ainda tínhamos esse atendimento misturado”, afirmou.


Junto a Merces, também participaram da reunião a Supervisora de Ensino, Maria Cecília Lara Moraes, o Diretor da rede escolar, Christian Mendonça, e o Diretor do Centro de Informação, Julio Cesar Monteiro.  Os vereadores João Leite (PT), que é o presidente da Comissão de Educação na Câmara, Doda Pinheiro (PT), Clidão do Taxi (PCdoB), Rosana do Arthur (PMDB), Jefferson do Caminhão (PSDB), o novo representante do poder legislativo, Tonho Eliseu e o chefe do gabinete da presidência, Cavalcante, estiveram presentes a reunião.



Mudança só para 2016


O Plano de reorganização da rede estadual na região será de fato implementado somente no início do próximo ano letivo, em 2016, segundo afirmou a Dirigente de Ensino, Maria das Merces Martins Bighetti aos vereadores de Embu das Artes. O anúncio da mudança ocorreu no último mês ao público em geral e as Diretorias de Ensino deverão estruturar o processo até 14 de novembro.


Pela reorganização, alunos do “ensino médio” deverão ser realocados em unidades próximas a sua escola de origem, não distantes a 2 km. “Os resultados apontam que escolas que só tem um tipo de segmento a aprendizagem é bem melhor. O foco é melhor e a própria gestão”, disse a Supervisora de Ensino, Maria Cecília Lara Moraes.


Outro ponto colocado pelo corpo de docentes que se reuniram com os vereadores na Câmara Municipal de Embu das Artes, foi com relação aos professores, que por “afinidade” ao ensino tanto do clico básico, quanto para alunos mais velhos no ensino médio será melhor. “Tem a questão da afinidade também. Às vezes para ele não dar aula em várias escolas ele fica em uma escola só e acaba, mesmo só gostando de dar aula para o ensino médio, dando aula para o ensino fundamental para não se deslocar até outra unidade. Para o professor de certa forma essa reorganização é mais interessante”, disse o Diretor da rede escolar, Chistrian Mendonça.


Os vereadores questionaram como será implementado a reorganização, entendendo que haverá muitos casos onde os alunos terão dificuldades em se locomover para unidades mais distantes, ou em outras regiões na cidade.
Segundo a Diretora de Ensino, Maria Merces, os alunos do chamado ciclo I, não serão retirados de sua unidade de origem, mas apenas alunos do ensino médio.


Taxa de Natalidade X Evasão de Alunos



Um dos pontos levantados pelo corpo docente em reunião com os vereadores por Embu das Artes, na quinta-feira, dia 8, foi a questão para a chamada “fuga” de alunos da rede escolar, dando sustentação para a reorganização das unidades por segmento. De acordo com a Dirigente de Ensino, Maria Merces, a Taxa de natalidade vem diminuindo com o passar do anos, e o número de alunos que deixam o ensino médio em detrimento ao número de estudantes que iniciam no ensino infantil vem caindo sistematicamente.


“De 1998 até este ano a rede estadual perdeu 2 milhões de alunos. Nós tínhamos 6 milhões de alunos atendidos em 1998 e hoje nós temos aproximadamente 4 milhões. A taxa de natalidade diminuiu, então hoje os pais tem menos filhos e isso fez com que a gente diminuísse o atendimento. A cada ano há essa ‘perda’ de alunos da rede”, disse Merces.


Um relatório com dados estatísticos sobre a evasão de alunos da rede no município de Embu das Artes foi apresentado aos vereadores e indicou o decréscimo de estudantes matriculados nas escolas ao longo dos anos. “Em 2010 4.400 era o número de alunos no 6° ano em 2010 no município de Embu somando as duas redes, municipal e estadual. Em 2015 o número de matriculados às redes chegou a 3.200 alunos. Uma queda de 27% em seis anos”, disse o Diretor da Rede Escolar, Chistrian Mendonça.


A reorganização escolar proposta pelo Estado deverá manter o número definido para o preenchimento das salas de aulas, sendo obedecidos critérios de que nenhum aluno fique fora da escola. “O ciclo I em cada sala de aula poderá apenas ter 30 alunos; no ciclo II o máximo de 35 alunos e no ensino médio 40 alunos por sala”, disse Dirigente de Ensino, Maria das Merces Martins Bighetti aos vereadores de Embu das Artes.


Outra recomendação da Secretaria de Ensino será que a EJA (Educação de Jovens e Alunos) esteja realocada a unidades que receberão somente alunos do Ensino Médio. “Agente ainda tem escolas que atende a EJA médio em escolas que estão com alunos de ensino fundamental. Então isso será alterado”, afirmou Merces.


O estudo para a reorganização escolar do município de Embu das Artes já foi encaminhado pela Diretoria de Ensino a Secretaria de Ensino do Estado. Se aprovado, os docentes, pais e alunos serão comunicados como se dará a distribuição das escolas pelo ciclo escolar no próximo ano em Embu das Artes.